Saem números de acidentes de trabalho de 2018

18 fev 2020 Materias

Após uma queda de -4,78% nos acidentes de trabalho registrada de 2016 para 2017, passando de 585.626 para 557.626, o Brasil registrou um aumento de 3,47% nos acidentes de trabalho de 2017 para 2018, passando para 576.951. No mesmo período, houve diminuição no número de mortes no trabalho, de 2.132 para 2.098 (-1,59%), e da quantidade de trabalhadores incapacitados permanentemente em decorrência de acidente ocupacional, de 16.050 para 14.856 (-7,44%). Mantendo-se na liderança, os homens representaram 65,96% (380.559) do total de acidentados, e as mulheres 34,03% (196.370).

Os dados constam na mais recente versão do AEPS (Anuário Estatístico de Previdência Social) postada no site da Secretaria de Previdência/Ministério da Economia no dia 6 de fevereiro. A publicação, referente a 2018, vem com a atualização dos dados de 2017.

CAT

Conforme o Anuário, os acidentes sem CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho) registrada no INSS, aqueles identificados por meio de perícia por outros instrumentos, como os nexos técnicos previdenciários, caíram de 103.787 para 99.536 (-4,09%) no período. Por outro lado, houve aumento do total de acidentes com CAT registrada. Em 2018, foram 477.415, 5,19% a mais que no ano anterior, 453.839.

Os dados ainda mostram que o total de acidentes típicos, que ocorreram com o segurado a serviço da empregadora, aumentaram 5,45%, passando de 341.700 para 360.320. Por sua vez, houve queda no percentual de doenças ocupacionais, -14,53, passando de 10.983 para 9.387. Já nos acidentes de trajeto (que, conforme a MP 905/2019, deixam de ser considerados acidentes de trabalho), houve aumento de 6,48% no período de 2017 a 2018, passando de 101.156 para 107.708 casos.

LIQUIDADOS

Ainda conforme o AEPS 2018, houve aumento de 2,26% na quantidade total de acidentes de trabalho liquidados, aqueles cujos processos foram administrativamente encerrados pelo INSS. Esse percentual representa 13.146 acidentes liquidados a mais, passando de 582.091 em 2017 para 595.237 em 2018. Por sua vez, os acidentes de trabalho liquidados de assistência médica no período baixaram -2,60%, passando de 102.109 para 99.454; os de incapacidade temporária por menos de 15 dias aumentaram 17,41%, de 309.137 para 362.970; os de incapacidade temporária por mais de 15 dias reduziram -24,11%, de 152.663 para 115.859; os de incapacidade permanente baixaram -7,44%, de 16.050 para 14.856; e os óbitos diminuíram -1,59%, de 2.132 para 2.098.

O documento mostra, ainda, a quantidade de acidentes de trabalho por CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) em 2018. Em primeiro lugar, aparecem as atividades de atendimento hospitalar, totalizando 55.931 acidentes; em segundo, o comércio varejista de mercadorias em geral com predominância de produtos alimentícios – supermercados e hipermercados, com 23.345; em terceiro, a administração pública em geral, com 17.452; em quarto, o transporte rodoviário de cargas, com 13.261; em quinto lugar, o abate de suínos, aves e pequenos animais, com 11.885; e em sexto, as atividades de correio, com 10.672 acidentes. As duas últimas atividades trocaram de lugar em relação a 2017, quando os números foram 12.838 para correio e 10.543 para abate. O conjunto dessas seis atividades representa 22,97% do total de acidentes de trabalho em 2018.

Fonte: Revista Proteção | Por Martina Wartchow/ Jornalista da Revista Proteção

confira as mudanças com reajuste do salário mínimo e as novas alíquotas do INSS

10 fev 2020 Materias

Em todo o país, o novo salário mínimo nacional estabelecido na vidada do ano, de R$ 1.039 apenas no primeiro mês do ano, já deve ser considerado no cálculo. No entanto, nos estados onde há piso regional para a categoria (Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina), nada muda agora, pois é preciso esperar a definição do valor para 2020.

Este ano, o governo estabeleceu dois salários mínimos diferentes para os trabalhadores em geral — de R$ 1.039 apenas em janeiro (para salários pagos em fevereiro) e de R$ 1.045 em fevereiro (para vencimentos pagos a partir de março). Por isso, é necessário prestar atenção ao eSocial para não confundir.

No caso das domésticas, que se encaixam no piso regional, o valor da faixa 1 no Rio de Janeiro ainda é de R$ 1.238,11, pois o reajuste anual não foi anunciado pelo governo. Portanto, esse valor não muda agora no eSocial.

Além disso, no caso dos trabalhadores em geral, apesar das diferenças de salário mínimo de um mês para o outro, não caberá nenhum pagamento retroativo para compensar diferenças. Para as domésticas, a situação será diferente.

— O salário mínimo de R$ 1.045 só será válido a partir de 1º de fevereiro (para pagamento em março), portanto não será preciso pagar a diferença (referente a janeiro, quando o mínimo era de R$ 1.039). Já em relação ao piso regional de alguns estados, a lei prevê que a data-base é janeiro, mas o valor costuma ser divulgado apenas em março. (Neste caso), tendo alteração (de valor), será preciso pagar a diferença — afirmou Mário Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal.

Piso regional de domésticas em outros estados

Rio de Janeiro – R$ 1.238,11

Paraná – R$ 1.436,60

Rio Grande do Sul – R$ 1.237,15

Santa Catarina – R$ 1.158

São Paulo -R$ 1.163,55

Contribuições ao INSS

Na competência de janeiro (salários pagos em fevereiro), também entraram em vigor as novas faixas salariais de contribuição dos trabalhadores para o INSS. Essas faixas foram corrigidas em 4,48%, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de janeiro a dezembro de 2019.

Novos valores para trabalhadores da iniciativa privada, incluindo domésticas:

Até R$ 1.830,29 8%
De R$ 1.830,30 até R$ 3.050,52 9%
De R$ 3.050,53 até R$ 6.101,06 11%

Outra mudança prevista para este ano

Outra mudança nas faixas salariais e nas alíquotas de contribuição do INSS vai acontecer ainda este ano em decorrência da reforma da Previdência. Mas estas só passarão a valer a partir da competência de março — com pagamento efetuado em abril.

Tabela do INSS válida a partir da competência março de 2020

Faixa salarial

Desconto

Até R$ 1.045

7,5%

De R$ 1.045,01 até R$ 2.089,60

9%

De R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40

12%

De R$ 3.134,41 até R$ 6.101,06

14%

Como pagar o eSocial
Para efetuar o pagamento, o empregador deve imprimir a guia unificada, clicando aqui, e se dirigir a um guichê de caixa, um terminal de autoatendimento, uma casa lotérica ou acessar o internet banking.

São exemplos de ocupações de empregados domésticos: mordomo, motorista, governanta, babá, jardineiro, copeira, arrumador, cuidador de idoso, cuidador em saúde, caseiro e afins.

O Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) reúne várias alíquotas: 8% de contribuição patronal previdenciária; 0,8% de seguro contra acidentes do trabalho (GILRAT), 8% de FGTS e 3,2% de indenização compensatória (multa rescisória de FGTS devida pelo patrão em caso de demissão sem justa causa). Estas são de responsabilidade do empregador.

Há ainda desconto de 8% de contribuição previdenciária do trabalhador (que pode ser bancada pelo patrão ou descontada do empregado, conforme negociação). Por fim, resta o desconto de Imposto de Renda (IR), quando este é devido (para rendimento acima de R$ 1.903,99).

SÍNDICO PROFISSIONAL É CARREIRA EM EXPANSÃO NO RIO

28 jan 2020 Materias

Há cinco anos, o chefe de cozinha Antônio Carlos De Luca, de 44 anos, era eleito síndico e assumia a administração do condomínio onde morava com a família, após uma votação em que nenhum dos vizinhos quis ocupar a função. Era difícil dimensionar o tamanho do desafio de comandar um condomínio semelhante a um clube, com quase 500 unidades habitacionais. A experiência, porém, mudou o rumo da carreira de Antônio Carlos, que se tornou síndico profissional, responsável pela gestão de oito prédios com os mais diversos tamanhos. Ele viu sua renda crescer 60% neste período, com dedicação exclusiva:

A trajetória profissional de Antônio Carlos tem se tornado cada vez mais comum. O que tem seduzido boa parte dos síndicos profissionais é a expectativa de remuneração — que varia, em média, de 1,5 a 2,5 salários mínimos por condomínio — e o potencial de empregabilidade. Dados do Secovi Rio mostram que há 29.979 condomínios na cidade do Rio, mas nem a metade com administradora responsável.

Além disso, somente 616 condomínios têm síndicos externos, sendo 344 profissionais, com formação específica. Por isso, trabalhadores com diferentes formações estão abraçando a função que, por muitos anos, foi sinônimo de dor de cabeça e aborrecimento. Por isso, o perfil do síndico vem mudando rapidamente:

— Já foi a época em que o síndico era aquele aposentado com disponibilidade de tempo. Agora, há muitos jovens com formação universitária ou técnica interessados na função — avaliou Marcelo Freire, gerente-geral de Condomínios da Apsa.

Para Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio, a demanda por esse profissional tem crescido na esteira do aumento da complexidade da gestão dos condomínios, que hoje oferecem cada vez mais serviços e abrigam um maior número de moradores, com orçamentos cada vez mais robustos.

Segundo ele, uma das vantagens do síndico profissional é a capacidade de gestão especializada das finanças e uma visão imparcial das questões envolvendo os moradores. Para o especialista, ao contratar o síndico, a administração deve ficar atenta aos custos extras, além de cobrar uma otimização dos recursos financeiros.

— Em alguns prédios, o síndico morador fica isento da cota condominial e, neste caso, esse valor pode se aproximar bastante de um síndico externo profissional. Uma administração assim, no primeiro ano de gestão, pode pagar o investimento que os moradores fizeram (custo salarial), por meio da economia de recursos com pessoal, energia, água, obras e manutenção, entre outros itens. O conhecimento especializado em gestão faz muita diferença — opina Schneider.

Fonte: Extra | Por POLLYANNA BRÊTAS

Saúde de trabalhadores expostos ao benzeno

27 jan 2020 Materias

Ao abastecer um carro, o frentista está exposto aos vapores de diversas substâncias que compõem a gasolina, entre elas, o benzeno. A exposição torna-se maior com outras atividades no posto, como transferir para reservatórios subterrâneos o combustível trazido da distribuidora e se acumula conforme o tempo de serviço nesses ambientes. Não há “paninho” em volta da mangueira que dê jeito.

“é comum trabalhador reclamando de dor de cabeça, cansaço, tontura, irritação nos olhos e na pele, ânsia de vômito. Além de tudo isso, as frentistas correm outros perigos. A gente sabe que, durante a gravidez, o benzeno pode até causar abortos e mal formações” diz o secretário-geral do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Campinas e Região (Sinpospetro), Raimundo Nonato de Souza, o Biro.

De acordo com o dirigente, os trabalhadores, mesmo assim, seguem firmes no trabalho. “Faltam só quando o caso se agrava para uma doença séria. O problema é que, quando isso acontece, não conseguem comprovar que a doença começou no trabalho e dificilmente vão conseguir a aposentadoria especial de direito”, ressalta Biro.

Assim como os frentistas, trabalhadores da extração e refino de petróleo, petroquímicas, siderúrgicas e outras empresas que utilizam benzeno na produção estão expostos aos riscos à saúde causados pelo agente químico. Volátil, inflamável e explosiva, essa substância derivada do petróleo, também presente em óleos lubrificantes, querosene, solventes, tintas, asfalto e na queima de carvão mineral, pode causar males ainda mais graves que os listados por Biro: com o passar do tempo, podem levar a dificuldades respiratórias, convulsões, perda de consciência e diversas doenças no sangue que podem matar, como a leucemia.

Todo esse dano à saúde é conhecido desde a década de 1930, mas só em 1994 o governo brasileiro incluiu na categoria dos agentes cancerígenos a substância para a qual não existe limite seguro de exposição. No ano seguinte, trabalhadores, governo e empregadores brasileiros assinaram o Acordo do Benzeno.

O documento instituiu a Comissão Nacional Permanente do Benzeno, com comissões regionais e toda uma legislação para regulamentar a produção, uso e a segurança dos trabalhadores. Entre elas, a permissão do uso somente em setores nos quais o agente ainda não pode ser substituído, como extração e refino de petróleo, petroquímicas, indústrias gráficas, calçadistas, de couro, tintas e vernizes.

“Outro avanço trazido é a obrigatoriedade de cadastramento dessas empresas, que ficam obrigadas também a acompanhar periodicamente a saúde dos trabalhadores do setor. A cada seis meses, eles fazem exame de sangue”, explica a tecnologista Elisabeth Aparecida Trevisan, da Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (Fundacentro), vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Quando o teste traz alterações ou em caso de acidentes, como vazamentos, o trabalhador é submetido a um exame que mede a exposição ao benzeno no ambiente de trabalho e permite estimar o risco ao levar em conta as formas de exposição e de absorção pelo organismo – o chamado indicador biológico de exposição.

Trata-se de uma substância bioquímica, constituinte do próprio organismo, cuja concentração (ou atividade) em tecidos, no sangue, na urina ou mesmo no ar exalado tem relação com a exposição ambiental a um determinado agente tóxico. No caso do benzeno, ao ser inalado ou absorvido pela pele é transformado no fígado – a biotransformação – e excretado na urina.

Atualmente, o indicador utilizado no Brasil para o benzeno é o ácido trans, transmucônico na urina (AttM-U), que substituiu um mais antigo, chamado fenol urinário, que demonstrou ter baixa sensibilidade quando a concentração do benzeno no ar é baixa, inferior a 1,0 ppm. Entre as vantagens do AttM-U estão a sensibilidade e a simplicidade de análise. Porém, estudos mostram que esse indicador é `mascarado` por fatores ambientais e individuais, como o hábito de fumar, alimentação e até mesmo aspectos genéticos.

Isso porque substâncias presentes no cigarro (entre elas o próprio benzeno), nas bebidas, em alguns conservantes alimentícios e até certas características genéticas podem interferir na biotransformação e alterar o resultado. “Isso prejudica o trabalhador porque muitas vezes o empregador questiona os resultados dos exames, alegando que o trabalhador não foi exposto ao benzeno e sim que fumava demais ou tinha problemas na alimentação”, aponta Newton Siqueira, diretor do Sindicato dos Químicos da Bahia.

Existem outros indicadores biológicos de exposição ao benzeno, como o ácido fenil mercaptúrico, que é avaliado por médicos do trabalho para a possível inclusão no Protocolo para Utilização de Indicador Biológico da Exposição Ocupacional ao Benzeno. Instituída pela Portaria 34, de dezembro de 2001, a diretriz ainda não foi atualizada.

Para discutir as vantagens e desvantagens dos indicadores disponíveis, trabalhadores e representantes dos ministérios da Saúde, do Trabalho e Emprego e de empregadores estiveram reunidos no começo desta semana, na sede da Fundacentro, em São Paulo.

“Essa discussão é importante para aprimorarmos a quantificação e qualificação da exposição, com parâmetros que associem entre si todos os efeitos tóxicos do benzeno sobre o trabalhador. Sem isso, fica impossível estabelecer o nexo entre a doença e a exposição a agentes tóxicos no ambiente de trabalho”, explica a professora do Departamento de Análises Clínicas e Toxicologia da Universidade Federal de Minas Gerais Leiliane Coelho André.

A pesquisadora e professora de Toxicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Solange Garcia, destaca que, nos últimos anos, aumentou o número de estudos para avaliar os prós e contras dos diversos marcadores biológicos. “Seja qual for (o marcador biológico), seus dados mostram que a exposição, mesmo em baixas concentrações, traz muitos prejuízos à saúde, o que reforça a necessidade de aprimoramento da vigilância para que os problemas não venham a ser detectados quando pouco se pode fazer pela qualidade de vida de um trabalhador que adoece”, diz.

Fonte: Revista Proteção

EPI para coleta de lixo: quais são os itens de uso obrigatório?

24 jan 2020 Materias

Você sabia que, atualmente, o Brasil gera cerca de 9,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano? Esses resíduos precisam passar pela coleta adequada, seja para reciclagem, seja para despejo final. Para que esse trabalho possa ser executado da melhor maneira possível, é necessário que todos os colaboradores utilizem o EPI para coleta de lixo.

Os resíduos sólidos encontrados durante uma coleta podem representar riscos graves à saúde humana, já que ao desempenhar essa tarefa há ameaças físicas (cortes, lesões e perfurações nas mãos), químicas (irritações de pele e intoxicação por materiais corrosivos) e biológicos (infecções e contaminação ao contato com resíduos orgânicos).

Para garantir a saúde e o bem-estar do colaborador, é importante que ele saiba usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) corretamente e a manter o bom estado de conservação desses materiais.

Neste post, você vai entender melhor essas questões e conhecerá quais são os EPI’s de uso obrigatório para coleta de lixo. Continue a leitura e tire suas dúvidas.

A importância de usar EPI’s

Identificada alguma tarefa de risco, seja ela na indústria automobilística, seja na indústria alimentícia, é preciso que tanto equipamentos de proteção quanto medidas de segurança sejam cuidadosamente avaliados.

Nesse cenário, a relevância dos EPI’s vai muito além de evitar acidentes de trabalho, afinal, eles também estão relacionados ao bem-estar dos colaboradores e à garantia da produtividade. Um colaborador que trabalha com botas desgastadas e desconfortáveis, por exemplo, certamente não conseguirá entregar todo o seu potencial com qualidade.

Os riscos da coleta de lixo

Há diferentes riscos para um colaborador que trabalha na coleta de lixo, logo, o uso do EPI é fundamental para minimizar essas ameaças.

Risco físico

O risco físico é caracterizado pelos resíduos que podem cortar, perfurar, lesionar ou esmagar. Tratando-se de lixo, é com muita frequência que esse tipo de material é despejado e necessita ser coletado. Latas de alumínio, barras de ferro e sucatas são alguns exemplos.

Risco biológico

O risco de origem biológica é encontrado, principalmente, em lixos hospitalares e de laboratórios. Materiais descartáveis utilizados em procedimentos cirúrgicos (luvas, seringas, máscaras etc.) são os grandes responsáveis pela contaminação dos colaboradores da coleta por bactérias, vírus e fungos.

Risco químico

Resíduos que expelem fluídos corrosivos (carcaça de motores elétricos, máquinas hospitalares e eletrônicos em geral) podem facilmente ocasionar lesões na pele, danos ao sistema respiratório e irritações oculares.

Dessa forma, para evitar o contato direto com esse tipo de resíduo químico e, consequentemente, a intoxicação, o colaborador deve ficar atento para os EPI’s designados para essas tarefas.

Os EPI’s de uso obrigatório para coleta de lixo

A seguir, você vai conhecer os principais equipamentos de proteção que devem ser usados por quem trabalha na coleta de lixo.

Máscara facial

Comercializada a partir de vários tamanhos e modelos, a máscara facial tem como finalidade envolver o rosto do colaborador para protegê-lo de respingos ou micropartículas em geral. Ao manusear resíduos que lançam partículas nocivas à saúde, a utilização de uma máscara facial é indispensável.

Mangotes

O mangote protege os membros superiores em qualquer tarefa que envolva manuseio constante com o lixo e que ofereça risco de corte e contaminações.

Macacão de segurança

Este EPI é comumente usado pelos colaboradores que entram em contato com o lixo de maneira mais direta, ou seja, quando não somente os membros superiores estão expostos, mas todo o corpo.

Há atividades de coleta que exigem a caminhada do colaborador sobre montanhas de resíduos. Nessas ocasiões, o contato do corpo com o lixo é inevitável. Para essas tarefas, o macacão é essencial e faz a devida proteção.

Respiradores

Diferentemente das máscaras, os respiradores, além de isolarem o rosto do colaborador, têm filtros capazes de melhorar a qualidade do ar. Durante a coleta de lixo, é comum que a qualidade do ar esteja em um nível prejudicial à saúde. Sendo assim, é necessário que um filtro seja utilizado para a permanência segura no local.

Calçados fechados

Um calçado de couro fechado (botina) garante uma boa locomoção e proteção aos pés. Além da segurança para com objetos cortantes, cabe destacar o importante papel das botas em evitar escorregões e quedas, isso devido ao seu solado antiderrapante.

Luvas

É um dos principais EPI’s para coleta de lixo, uma vez que grande parte desse trabalho é feito manualmente. Há diferentes modelos de luvas no mercado — e o uso desse equipamento de proteção está relacionado com o tipo de risco identificado (físico, biológico ou químico).

A qualidade dos EPI’s

Já sabemos que recorrer aos EPI’s é uma medida eficaz para evitar acidentes de trabalho e garantir a qualidade de execução das tarefas. Por outro lado, é bom ficar atento para a procedência dos equipamentos de proteção, pois não adianta saber especificar o EPI correto, mas comprá-lo em locais duvidosos.

Verificar a certificação de segurança (que atesta a qualidade e eficiência do equipamento em questão) é fundamental, uma vez que EPI’s de má qualidade podem acarretar graves acidentes de trabalho.

A importância dos treinamentos

Manter o setor de Segurança do Trabalho atualizado e por dentro das tendências do mercado é imprescindível e deve fazer parte da metodologia de trabalho de uma empresa séria.

O ideal é que técnicos e engenheiros em segurança do trabalho realizem treinamentos com as suas equipes, visando conscientizá-las e torná-las aptas a enfrentarem situações de perigo iminente.

EPI’s e as normas regulamentadoras

De acordo com a Norma Regulamentadora 6 (NR 6) é de inteira responsabilidade do empregador a disponibilização de todos os equipamentos de proteção para os colaboradores. Além disso, caso seja necessário a reposição de algum equipamento, isso deverá ser feito de maneira gratuita e imediata.

Outro ponto importante a ser destacado na NR 6 é a fiscalização que deve ser feita também pelo empregador. Em outras palavras, caberá a ele viabilizar meios legais de verificação do uso correto dos EPI’s por parte de seus colaboradores.

Deste modo, é fácil perceber o quão relevante é a utilização do EPI para coleta de lixo, tanto para evitar acidentes de trabalho quanto para aumentar a produtividade. Vale ressaltar também que em caso de dúvidas em relação às medidas de segurança, a busca por uma equipe profissional e capacitada sempre será a escolha mais prudente.

Fonte: Volk do Brasil

EPI para pintura: conheça os principais e indispensáveis

23 jan 2020 Materias

A atividade de pintura exige a utilização de alguns equipamentos de proteção individual. Veja aqui a lista e mantenha-se sempre seguro

Pintar uma residência, escritório, loja ou qualquer outro tipo de cômodo não é algo tão simples: além da técnica e precisão para ter um resultado profissional (não amador), é importante estar protegido. A segurança muitas vezes é negligenciada e isso é extremamente perigoso. Alguns exemplos: tinta caindo nos olhos, queda do equipamento e objetos no chão são alguns dos riscos mais comuns.

Dessa forma, os equipamentos de proteção individual fazem toda a diferença para manter a integridade do profissional. Neste artigo, falaremos sobre os principais. Confira abaixo.

Quais são os EPIs que o pintor deve usar?

Óculos de segurança: estão entre os itens mais imprescindíveis para a função. Como dito acima, o risco de líquidos caindo sobre os olhos e o rosto é grande, seja durante a limpeza da parede antes da pintura ou por respingos da própria tinta.

Máscara de proteção: evita que partículas de sprays sejam inaladas.

Capacete de segurança: é necessário proteger o crânio contra a queda de objetos, com o rolo de pintura, pincéis ou até mesmo bastões usados no processo. Busque por um capacete que permaneça fixo sem atrapalhar sua visibilidade e conforto.

Luvas nitrílicas: por sua natureza descartável e protetora, as luvas de nitrílicas conseguem deixar as mãos em segurança e têm um baixo processo. Além disso, não prejudicam no manuseio dos pincéis e rolos de pintura.

Calçado de segurança: a lógica é a mesma do capacete: é necessário proteger os pés contra a queda de objetos. Adicionalmente, também protege contra objetos cortantes e perfurantes que estejam no chão.

EPIs para pintura em altura:

A atividade de pintura também pode ser realizada em altura do lado externo de grandes prédios e sobrados. Para estes casos, outros EPIs também são necessários:

Cadeira suspensa: feita especialmente para a função, sendo ergonômica e não restringindo os movimentos do pintor. É importantíssimo entender como a cadeira suspensa funciona.

Cinturão de segurança: envolve o tórax e cintura do pintor. Na prática, este EPI fica conectado ao Trava Quedas, que, por sua vez, fica ligado à corda.

Trava Quedas: EPI que impede a queda do profissional caso ele saia da cadeira suspensa, ligando o cinturão paraquedista à corda.

Fonte: Angare

Saúde e Segurança do Trabalho: o cuidado com a vida é o bem mais importante

17 jan 2020 Materias

Acidentes de trabalho representam um fantasma que assombra há tempos os empresários e trabalhadores. Só em 2018 foram registrados mais de 623 mil acidentes no país e aproximadamente 18 mil somente em Goiás. Entre 2014 e 2018, o país registrou um total de 1,8 milhão de afastamentos e 6,2 mil mortes relacionadas ao trabalho.

O dado é alarmante e poderia ser reduzido diante de providências básicas que toda empresa, independente do seu segmento e porte, é capaz de aplicar. O serviço de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) do SESI, integrante do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), prepara e apoia empresas no atendimento aos desafios em saúde e segurança do trabalho.

Sabemos que algumas empresas já procuram se organizar e se adequar às normas vigentes da legislação que regem a segurança do trabalho, muitas vezes com alguma dificuldade. Outras, seja por desconhecimento ou por ausência de uma fiscalização mais ostensiva, deixam de executar até os programas legais como PPRA – Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais e PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.

A ausência de medidas como essas deixam os colaboradores mais vulneráveis e oneram os empresários, já que a empresa terá que lidar com as faltas no trabalho e a redução da produtividade.

A segurança do trabalho deve ser um valor incorporado à cultura da empresa. É extremamente importante que os empresários invistam em práticas voltadas à saúde e segurança do trabalhador para reduzir custos e garantir o funcionamento regular do ambiente do trabalho.

Sem contar outras vantagens diretas como a preservação da imagem da empresa, que demonstra estar comprometida com o capital humano; e a diminuição do risco de envolvimento com processos judiciais por doenças e acidentes de trabalho.

A importância da educação dos trabalhadores

Saúde e Segurança do Trabalho: o cuidado com a vida é o bem mais importante — Foto: Acervo
Saúde e Segurança do Trabalho: o cuidado com a vida é o bem mais importante — Foto: Acervo

Na outra extremidade estão alguns trabalhadores que, devido à resistência e a um excesso de confiança, são displicentes com a própria segurança e, por muitas vezes, consideram desnecessário o uso de equipamentos de proteção e diretrizes técnicas. Por isso, cada vez mais se faz necessário o incentivo à educação.

SIPAT — Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho — e demais ações educativas são iniciativas que, se feitas adequadamente, tendem a contribuir com a maior conscientização do trabalhador.

É preciso levar e construir o conhecimento sobre os riscos e cuidados no procedimento de trabalho por meio da educação.

O governo federal, por sua vez, tem investido esforços na modernização das normas regulamentadoras com promessas de flexibilizar e desburocratizar algumas das obrigações existentes.

Reduzir o número de acidentes de trabalho não é tão simples, mas com o esforço de todos é possível e alcançável. O ideal é que as empresas e os trabalhadores, juntos, se sensibilizem com a causa por dois motivos: o primeiro e fundamental é a preservação da vida. O segundo é que investir em saúde e segurança dos funcionários garante uma equipe mais produtiva, colaboradores satisfeitos com as boas condições laborais e redução de custos aos negócios.

Por fazer parte do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), entidade que se renova a cada dia, o serviço de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) do SESI Goiás oferece um processo de melhoria contínua para empresas interessadas em políticas de segurança do trabalho. As soluções incluem capacitações, consultorias e ações específicas para:

  • Atender à legislação vigente;
  • Prevenir acidentes e doenças do trabalho;
  • Aumentar a produtividade;
  • Reduzir o absenteísmo;
  • Fortalecer a relação entre trabalhador e empregado;
  • Melhorar o clima organizacional;
  • Levar mais benefícios ao trabalhador;
  • Auxiliar a reter talentos;

Já os programas que atendem à legislação e visam antecipar, prevenir, reduzir e eliminar riscos e doenças ocupacionais no ambiente de trabalho, por meio de procedimentos técnicos e administrativos, compreendem:

  • PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
  • PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
  • PGR – Programa de Gerenciamento de Risco
  • LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho
  • PCMAT – Programa de Controle do Meio Ambiente de Trabalho

Por isso que ampliar as ações em prevenção às doenças ocupacionais e acidentes traz ganhos para a saúde das pessoas e para a saúde dos negócios, além de ser um valor inegociável que é a preservação da vida.

Fonte: G1

NR18 – SISTEMA DE COMUNICAÇÃO PRÉVIA DE OBRAS – SCPO

14 jan 2020 Materias

A Norma Regulamentadora nº 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – estabelece requisitos mínimos de segurança a serem cumpridos com o objetivo de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores do setor.

Dentre os diversos itens que integram a norma, salienta-se a determinação constante no item 18.2, que consiste em tornar obrigatória a comunicação sobre a realização/execução de obras à unidade regional do Ministério do Trabalho, antes do início das atividades.

Desse modo, com o intuito de: facilitar o cumprimento da obrigação prevista na NR18, agilizando o contato entre as empresas e o Ministério do Trabalho; permitir a atualização dos dados da Comunicação Prévia de Obras, de modo que esta reflita a realidade da obra; e, organizar as informações recebidas pelo Ministério do Trabalho, de forma a fornecer subsídios para o planejamento das fiscalizações no setor da construção; o Ministério do Trabalho desenvolveu o Sistema de Comunicação Prévia de Obras.

PARA QUE SERVE A MEDICINA DO TRABALHO?

13 jan 2020 Materias

As relações de trabalho estão sujeitas a normas e princípios vigentes que assumem nitidamente um caráter protecionista com relação ao empregado. Afinal, trata-se de uma gradual evolução das iniciativas que visam a melhoria das condições do trabalho humano, buscando oferecer uma rotina mais digna. Nesse cenário, você sabe para que serve a medicina do trabalho?

A medicina do trabalho se destaca, uma vez que cumpre atividades de extrema importância que garantem a segurança e saúde no ambiente de trabalho. Nesse aspecto, as vantagens das ações preventivas beneficiam tanto os colaboradores quanto os empregadores.

Quer entender mais sobre esse assunto? Então, confira o nosso post completo!

Entenda o que é a medicina do trabalho

medicina do trabalho é o fruto do processo de humanização do trabalho. A especialidade figura como uma vertente do Direito do Trabalho cuja preocupação é oferecer condições laborativas mais dignas para os trabalhadores e, com isso, garantir a saúde e integridade física e psicológica deles.

Sendo assim, o objetivo da medicina do trabalho, em primeiro lugar, é prevenir acidentes e doenças ocupacionais. Por outro lado, ela também assume um compromisso com a qualidade de vida e a manutenção da saúde dos trabalhadores. Assim, há a certeza de que as atividades rotineiras desses profissionais não representam nenhum tipo de prejuízo para a sua saúde mental e também física.

Conheça a história da implementação dessas normas regulamentadoras

A preocupação com a saúde e segurança no trabalho teve início na Inglaterra, durante a Revolução Industrial (século XIX). Naquela época, não havia nenhuma norma de segurança nas empresas, fazendo com que, diariamente, os trabalhadores se machucassem, o que costumava atrasar muito a produção.

Os donos das fábricas não se importavam com as condições trabalhistas, criando um ambiente com péssimas situações. Além disso, a carga horária era muito cansativa e pesada.

Então, começou a surgir muitas doenças nas empresas. Os primeiros registros foram de doenças pulmonares — naquele tempo, essas doenças atacaram muito os funcionários que trabalhavam nas minas.

Diante do caos, o governo sentiu a necessidade de nomear um médico para ajudar nesse aspecto. O primeiro registro foi em 1835, em que esse profissional começou a inspecionar as fábricas inicialmente na Inglaterra e depois também na Escócia. Ele ia nas empresas, analisava o ambiente e zelava pelas práticas preventivas, ajudando as fábricas a evitar o máximo de acidentes.

Ele também fazia o mapeamento dos riscos e criava maneiras para evitar que os funcionários evitassem se expor nessas áreas sem os equipamentos de proteção individual (EPIs) corretos.

Sendo assim, podemos afirmar que o conceito da medicina do trabalho surgiu nessa época, já que os trabalhadores começaram a ter que fazer exames para atestar a sua saúde.

Essa prática surgiu no Brasil apenas em 1944, por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Formaram-se comissões internas para avaliar a prevenção de acidentes nas empresas e para identificar quais eram os principais cuidados médicos que os trabalhadores precisavam.

Contudo, esse processo engatinhou muito, já que, inicialmente, não havia regras claras sobre como conduzi-lo. Então, os problemas continuavam acontecendo e isso não era nada favorável para as empresas. Por isso, somente em 1970 surgiu uma legislação mais objetiva sobre o assunto, inserindo algumas obrigações para as empresas.

Depois, seguimos em outro impasse: havia a legislação, mas não existia fiscalização. Somente em 1994 é que, finalmente, surgiu o modelo de normas (modelo que utilizamos até hoje).

Confira qual é a importância da medicina do trabalho

A aplicação das medidas determinadas pela medicina do trabalho é uma iniciativa fundamental para a reafirmação da responsabilidade social da empresa.

Isso porque as situações oriundas das relações de trabalho afetam direta e indiretamente a sociedade — principalmente quando relacionadas à questão de saúde e prevenção de acidentes.

Assim, fica evidente a importância da medicina do trabalho para a regulamentação de diversas situações que possam ocorrer no ambiente da empresa, na medida que os programas de prevenção contribuem para a credibilidade da empresa e minimizam prejuízos que poderiam surgir oriundos de licenças médicas, demandas judiciais, tributos e indenizações.

Analise a legislação sobre o tema

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no seu artigo 168, prevê a obrigatoriedade do empregador, por sua conta, submeter os funcionários à realização de exame médico, no ato da admissão, no ato de demissão, bem como periodicamente, a fim de avaliar a evolução da saúde do colaborador.

Essa medida se justifica por meio dos exames, em que é possível verificar como se encontra o estado de saúde inicial do indivíduo e se este é compatível com o seu trabalho e se ele está, de fato, saudável.

A partir disso, faz-se necessário refazer tais exames com frequência para identificar possíveis doenças ocupacionais e impedir sua evolução — e também o afastamento do trabalhador por motivos de saúde.

Logo, todas as empresas que admitem trabalhadores como empregados estarão sujeitas a essa regra e deverão observar e aplicar as medidas previstas nas Normas Regulamentadores (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego. Assim, a NR 7 do MTE estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Então, se você está se questionando sobre se a sua empresa precisa investir na medicina do trabalho, a resposta é muito simples: sim! Todas as empresas (e também as instituições do Estado) são obrigatórias a seguir a legislação. Isso porque, as empresas precisam garantir a vigilância de saúde para todos os seus funcionários, principalmente se existem trabalhadores em áreas de risco com mais de 50 anos.

Veja quais são as funções do médico do trabalho

O médico que anseia por trabalhar na área da medicina do trabalho precisa ter o certificado de residência médica que demonstre experiência e que seja reconhecido pela Comissão Nacional da Residência Médica do Ministério da Educação.

Ele tem a principal função de realizar a integração entre as exigências do mercado trabalho e, ao mesmo tempo, que não ponha em risco a saúde do trabalhador.

Para isso, ele precisa conhecer qual é a demanda das empresas e também quais são os limites físicos e emocionais dos colaboradores. Nesse aspecto, é de extrema importância que ele conheça o dia a dia da empresa em que vai atuar, para identificar como é a rotina, a demanda e o que a empresa espera do funcionário.

Somente assim ele cria medidas preventivas, evitando problemas futuros. Além disso, é de sua responsabilidade alertar a empresa sobre toda e qualquer situação em que pode acontecer um agravo no estado de saúde físico e mental do paciente.

Outra função muito importante é de apresentar para o trabalhador quais são as suas responsabilidades e os seus limites profissionais. Ele deve conscientizar o funcionário sobre o limite de suas tarefas, para evitar que ele extrapole e adoeça.

Ele também deve conhecer todos os exames médicos preventivos e as principais doenças que afetam o dia a dia das organizações, tais como:

  • problemas de visão;
  • asma ocupacional;
  • lesão por esforço repetitivo (LER);
  • dermatose ocupacional;
  • catarata ocular;
  • antracose pulmonar;
  • distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT);
  • silicose;
  • estresse;
  • doenças psicossociais
  • surdez (temporária ou definitiva).

Confira quais são os tipos de exames mais utilizados

Existem alguns exames que são importantes tanto para a empresa quanto para o empregado. Isso porque a prevenção de doenças só traz benefícios para ambas as partes.

A empresa se beneficia porque o trabalhador estará ativo, motivado e produzindo a cada dia mais (refletindo em lucratividade aos negócios). Já o funcionário trabalhará em um ambiente harmonioso e que preza pela saúde, bem-estar e qualidade de vida dele.

Contudo, todos esses exames são feitos com o consentimento do funcionário, ou seja, eles não podem ser realizados sem que o profissional esteja ciente e aprove a solicitação.

Por mais que isso dificilmente aconteça, os funcionários podem sofrer penalidades no caso do não comparecimento à data agendada para os exames. A medicina do trabalho é um benefício e direito do trabalhador. Por isso, isso precisa ficar claro na hora de apresentar os motivos pelos quais ele precisa comparecer à consulta.

Para isso, na hora da contratação, é importante que o setor de recrutamento e seleção já explique o que são os exames e evidencie sobre os benefícios deles. Caso isso não tenha sido feito, é possível realizar uma reunião com todos os membros da equipe para promover um bate-papo sobre a medicina do trabalho. Assim, todos podem tirar as suas principais dúvidas e entender mais sobre o assunto.

Para isso, existem alguns exames que são obrigatórios para as empresas. Confira agora quais são eles!

Exame admissional

O que é?

O exame é feito por um médico que tenha qualificação em medicina do trabalho e é um procedimento muito simples. Funciona como uma espécie de entrevista, em que o médico pergunta aspectos como histórico de doenças e cirurgias, realiza exames de visão e mede a pressão arterial. Se julgar necessário, ele pode solicitar exames complementares.

Ao final da consulta, ele emite o Atestado Médico de Capacidade Funcional, atestando que o funcionário está apto para iniciar as atividades na empresa.

Quando deve ser feito?

Antes de ter a carteira de trabalho assinada, o funcionário precisa fazer o exame, comprovando o seu estado físico e emocional.

Exame demissional

O que é?

O exame demissional é muito semelhante ao admissional. São realizados exames simples e se julgar necessário, o médico pode solicitar exames complementares. Ele também é obrigatório, salvo casos em que o trabalhador seja demitido por justa causa.

Quando deve ser feito?

Ele deve ser feito antes de o funcionário ser demitido. Isso porque é preciso que seja atestado que ele está em plenas condições físicas e emocionais para continuar a sua trajetória trabalhista em outra empresa. Caso o médico julgue que o trabalhador não está saudável, é preciso realizar o tratamento e, somente depois de ser curado, ele pode ser demitido da empresa.

Exame periódico

O que é?

Os exames periódicos são essenciais para atestar que o trabalhador está em plenas condições de continuar o seu trabalho dentro da empresa. Ele avalia fatores de risco (como químicos, ergonômicos e biológicos). Assim, é possível identificar, com antecedência, se o funcionário precisa realizar algum tratamento.

Quando deve ser feito?

Os exames podem ser realizados anuais, semestrais ou bienais, dependendo do fator de risco na área em que o funcionário atua.

Veja quais são as áreas de atuação do médico do trabalho

Existem diversas áreas em que o médico com especialidade na medicina do trabalho pode atuar. Normalmente ele trabalha em uma clínica médica, que tem os aparelhos e materiais necessários para desempenhar o seu papel. Além disso, o médico precisa conhecer os aspectos:

  • tecnológicos;
  • demográficos;
  • históricos;
  • sociológicos;
  • políticos.

Sendo assim, é necessário que ele tenha esse conhecimento para criar atestados de confiança, de qualidade e que, de fato, supram as necessidades dos cargos exigidos dentro da organização. Conheça as áreas que ele pode atuar:

  • rede pública: desenvolvendo ações para a prática dos serviços da saúde;
  • assessoria e sindicatos;
  • empresas: especializando-se em Engenharia de Segurança e também na Medicina do Trabalho;
  • pesquisas investigativas: estudando as relações entre o trabalho e saúde;
  • consultório privado;
  • perito judicial.

Analise quais são as competências do médico

Todos os médicos dessa área precisam cumprir a legislação de 22 de fevereiro de 1998 (Resolução 1.488/98), porque precisam ter as competências mínimas para realizar o seu trabalho. Veja quais são elas:

  • avaliar o histórico de saúde do trabalhador;
  • identificar quais são os sintomas de exposição em diferentes funções exigidas pela empresa;
  • conhecer os métodos e ferramentas que possam esclarecer o melhor diagnóstico do trabalhador;
  • promover a reabilitação mental e física do funcionário;
  • realizar todos os exames previstos na legislação do trabalho;
  • saber diagnosticar e tratar as principais doenças;
  • realizar atendimentos de emergência;
  • criar maneiras educativas para a conscientização da importância de cuidar da saúde;
  • avaliar as condições de trabalho e propor melhorias aos gestores;
  • saber gerenciar as informações estatísticas sobre a morbidade e mortalidade.

Entenda qual é a importância de uma parceria com empresas da área

Como você pode perceber ao ler este post, a medicina do trabalho tem um importante papel dentro das organizações. Por meio dela é possível identificar os fatores de risco e criar um ambiente saudável para os funcionários. Isso reflete tanto na boa imagem da empresa, quanto na lucratividade da organização, afinal, quando estão satisfeitos e bem em relação ao corpo e à mente, os funcionários tendem a produzir mais.

Atualmente, inúmeras empresas apostam em uma empresa parceira, realizando um convênio que seja benéfico para trazer resultados positivos para a organização na hora de realizar os principais exames nos funcionários.

Sabendo que essa prática é obrigatória, a medicina do trabalho é regulamentada pelo Ministério do Trabalho. Assim, ao investir na medicina ocupacional para todos os membros da equipe, garante mais qualidade de vida, proporciona o bem-estar e cria um ambiente extremamente produtivo, Além disso (e um dos atributos mais importantes) é que evita problemas com a legislação trabalhista.

Isso porque, existem diversas complicações jurídicas que a empresa pode enfrentar em caso do não cumprimento das principais normas que regem o ambiente organizacional. Por isso, pode causar diversos danos, desde penas sérias até penalidades mais sérias, que são acompanhadas por diversas multas e muitas dores de cabeça para os gestores.

Isso normalmente acontece porque, apesar da sua importância, muitas empresas pensam que a medicina trabalhista é resumida apenas em dois exames principais: o admissional e o demissional. Contudo, como vimos, isso é um pensamento errôneo, porque ela contempla também exames periódicos.

Assim, a medicina do trabalho evita que os funcionários tenham problemas de saúde com relação ao seu desempenho na empresa, evitando que eles realizem trabalhos de forma errada, fazendo com que isso ponha em risco a sua saúde.

Para você ter uma ideia, na área rural existem mais de 26 normas que são divididas de acordo com cada trabalho que o funcionário realiza em suas tarefas diárias. Dessa maneira, é essencial investir em uma empresa que conheça toda a legislação (de todas as áreas da empresa) para monitorar, orientar e fiscalizar o cumprimento das principais normas.

Por isso é essencial que a sua empresa tenha uma parceria com alguma clínica especializada em medicina do trabalho. Esse trabalho em conjunto possibilita que os funcionários contraiam doenças, se machuquem ou se afastem do trabalho por quadros clínicos. Além disso, evita uma série de complicações trabalhistas.

Dessa maneira, o ideal é que a sua empresa invista em uma empresa especializada e de confiança, garantindo tanto a saúde dos funcionários quanto o sucesso da organização. Além de todos esses benefícios, existe a possibilidade da empresa parceira em medicina do trabalho entrar em contato com o setor de Recursos Humanos para lembrar de algum exame que precisa ser feito para determinado funcionário. Isso acontece porque ela tem um registro com todas as informações importantes sobre o funcionário, e pode notificar a empresa quando um exame está prestes a ser vencido. Isso evita algum esquecimento ou falha no sistema da empresa.

A medicina do trabalho tem um papel muito importante dentro das organizações. Por meio dela é possível, além de seguir corretamente a legislação e evitar problemas trabalhistas futuros, identificar quais são os principais fatores de risco e evitar que os funcionários adoeçam em virtude de seu trabalho.

DDS – DIÁRIO DIALOGO DE SEGURANÇA – SEGURANÇA ELÉTRICA

13 jan 2020 Materias

As informações de segurança a seguir podem ajudá-lo a evitar perigos e choques
elétricos.

✔Mantenha sua área de trabalho limpa e seca.

✔Nunca trabalhe ao redor de eletricidade quando você ou suas ferramentas estiverem molhados.

✔Sempre use proteção GFCI em ambientes molhados ou úmidos.

✔Verifique todos os fios de extensão para ver se não estão danificados, rachados, cortados ou quebrados.

✔Sempre use tomada elétrica aterrada.

✔Nunca remova o pino terra do plugue de três pinos para que possa ser encaixado numa tomada de parede de duas entradas.

✔Nunca coloque equipamentos alimentados a energia elétrica em escadas de alumínio que conduzam eletricidade.

✔Não trabalhe com equipamentos elétricos ou ao redor deles, a não ser que tenha certeza de que não podem ser ligados por alguma outra pessoa.

✔Não tente limpar as máquinas enquanto estiverem ligadas na tomada.

✔Não tente reparar ferramentas elétricas quebradas. Marque-as com a “fora de serviço” e informe seu supervisor.

✔Não deixe a máquina ligada na tomada quando não a estiver usando.

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