Pressão alta – causas, soluções e como ela afeta o desempenho no trabalho

2 nov 2019 Materias

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que 24,3% da população brasileira adulta sofre de hipertensão arterial, usualmente conhecida como pressão alta. Com quase um quarto da população acometida, é uma doença que deve ser levada em conta pelas empresas. Por ser uma doença silenciosa, ela se torna um risco maior ainda. Além do que, a hipertensão arterial possui causas multifatoriais, sendo necessária muita atenção dos profissionais de saúde do trabalho e a escolha de ações assertivas para resolver o problema. Afinal, ela predispõe o surgimento de doenças cardiovasculares, impactando a saúde e o desempenho dos colaboradores. .

Neste artigo, vamos abordar como a pressão alta impacta no desempenho dos colaboradores e dicas de como resolver essa questão. Acompanhe.

Quais são os principais motivos da pressão alta no ambiente corporativo?

As causas que provocam o aumento da pressão arterial são variadas. Contudo, o ambiente pode favorecer muito o aparecimento ou o controle da doença. Tudo depende dos fatores ambientais. O estresse, por exemplo, é uma das principais causas do aumento de pressão. De acordo com Robert Karasek, autor do livro “Healthy Work: stress, productivity and the reconstruction of working life”:

“o estresse no trabalho é uma resultante de relações entre demanda psicológica e controle, associado ao processo laboral. Sugere-se que processos de trabalho de alta exigência estejam associados a repercussões negativas sobre a saúde.”

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o impacto do estresse mental e de outras manifestações similares sobre o sistema cardiovascular deve constituir uma preocupação prioritária. As situações que mais contribuem para o estresse entre colaboradores e que podem levar a hipertensão arterial são:

    • Carga excessiva de trabalho;
    • Pressão das lideranças;
    • Simultaneidade de atividades;
    • Cobranças por resultados;
    • Prazos curtos e urgentes;
    • Excesso de metas de trabalho;
    • Processo de tomada de decisão;
  • Pressão excessiva e frustração.

Outro motivo comum para o desenvolvimento do distúrbio de pressão é um estilo de vida inadequado. Uma alimentação desequilibrada, com excesso de alimentos ricos em sódio, por exemplo, aumenta o risco da hipertensão.  Alimentos calóricos, por sua vez, podem levar ao excesso de peso corporal, que também é um fator de predisposição da doença. Com uma rotina agitada e corrida no ambiente corporativo, é cada vez mais comum que os colaboradores descuidem da alimentação, preferindo alimentos industrializados, prontos ou fast food, que podem ser ingeridos rapidamente, mas que contêm alto teor de sódio, gorduras e carboidratos.

As longas jornadas de trabalho, a fadiga extrema e o estresse no trabalho diminuem a disposição física dos colaboradores e esse desânimo se torna um empecilho para a prática de atividade física. O sedentarismo também pode causar a elevação da pressão. É por isso que a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) defende a adesão de um estilo de vida mais saudável, com práticas de exercícios físicos regulares, evitando o sedentarismo, e por consequência, uma série de doenças, entre elas a própria hipertensão arterial.

A idade avançada, a hereditariedade, ou seja, a predisposição genética da doença, assim como o uso de cigarro e álcool e são outros fatores que podem contribuir com o desenvolvimento da doença.

Como a pressão alta impacta no desempenho dos colaboradores?

A pressão arterial interfere diretamente no desempenho dos colaboradores. A pressão alta, por exemplo, provoca sintomas como fadiga, dor de cabeça, dor no pescoço, dor nos olhos, sensação de peso nas pernas e palpitações. Sob essas condições, o foco e a concentração são prejudicados e consequentemente há diminuição da produtividade, da motivação e o comprometimento a saúde.

Por falta de informação ou até mesmo por desconhecimento da gravidade da hipertensão arterial e de suas consequências, é comum que os colaboradores não tratem ou mesmo que descuidem do tratamento. Isso acaba levando a episódios de mal-estar e adoecimento, o que provoca faltas, baixos rendimentos e afastamentos médicos.

Como minimizar os fatores que levam a pressão alta?

O colaborador passa muitas horas por dia no trabalho e faz boa parte de suas refeições durante sua jornada laboral. Assim, o ambiente corporativo torna-se um local propício de aprendizado, prática de atividades físicas, cuidados com a saúde e mudanças de estilo de vida, inclusive para o tratamento e prevenção da hipertensão arterial.

Segundo o estudo da “V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial”, os principais fatores ambientais modificáveis da doença são: os hábitos alimentares inadequados, principalmente a ingestão excessiva de sal e baixo consumo de vegetais, sedentarismo, obesidade e consumo exagerado de álcool. Com o controle desses fatores, pode-se obter a redução da pressão arterial e a diminuição do risco cardiovascular. Outro aspecto que merece uma atenção especial no combate à hipertensão arterial é o estresse. Sendo assim, algumas alternativas para combater fatores de predisposição da pressão alta no ambiente de trabalho são:

      • Reeducação alimentar: não se trata de uma simples consulta com nutricionistas. E sim, da análise nutricional dos colaboradores aliada a intervenções, baseadas nos grupos alimentares e na adoção de hábitos saudáveis acerca da alimentação, para utilizarem por toda a vida. Isso inclui, orientações para tratar ou evitar a elevação da pressão arterial, como diminuição da ingestão de sódio, o sódio oculto presente nos alimentos, aumentos do consumo de frutas e verduras e o balanceamento dos grupos alimentares para alcançar o equilíbrio da dieta.
      • Atividade física: pode ser realizada no ambiente de laboral, com a montagem de academias corporativas, atividades por grupo de interesse, ou até mesmo nas próprias estações de trabalho, com a ginástica laboral, ou até mesmo com a formação de grupos de caminhada e corrida. A prática de atividade física é essencial para o controle de estresse, da obesidade e para a prevenção e tratamento da hipertensão arterial. 
      • Monitoramento de estresse: os colaboradores podem ter os índices de estresse monitorados através de equipamento específico que gera resultados qualitativos. O trabalho é baseado no princípio da Coerência Cardíaca e é norteado em função dos resultados obtidos nas avaliações. Assim é possível adotar medidas para combate ao estresse, como a quick massage, uma ótima opção para relaxar, aliviar tensões e minimizar a sensação de fadiga.

O mais importante é que as ações sejam integradas para de fato promoverem o bem-estar corporativo. Na BeeCorp trabalhamos de forma integrada a qualidade de vida, ergonomia e saúde, para que a empresa alcance resultados reais e melhore a saúde, segurança e o desempenho dos colaboradores.

FONTE: BEECORP

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